O frontman Alexi Laiho concedeu uma entrevista a Scott Smith, do site australiano May The Rock Be With You. Leia abaixo alguns trechos da entrevista.
Este ano você ou esteve ou vai estar em turnê em lugares como Rússia, Israel, Indonésia, Japão, México e, obviamente, Austrália; você certamente está dando a volta ao mundo!
Sim, na verdade temos por vir datas na Indonésia, Singapura e Filipinas, e depois África do Sul. Temos algumas datas na América do Sul também, então é definitivamente animador atingir lugares novos e não fazer sempre a mesma bosta.
Você acha que, com este álbum em particular, portas foram abertas nestes outros mercados?
Bom, dado que cobrimos a Europa e os Estados Unidos muito bem e fizemos uma tour no Japão, que basicamente são os mercados mais importantes para nós, agora é o momento perfeito para fazer o resto do mundo. Na verdade marcamos muitas datas no Reino Unido desta vez. Os shows foram um pouco maiores do que antes, então foi muito legal, com as coisas finalmente dando retorno por lá também.
Viajando o mundo como você viaja, você tem uma noção de que tipo de pessoa os fãs de Children Of Bodom em geral parecem ser?
Bom, é engraçado, porque nosso público é tão variado. Temos um bando de motociclistas cinquentões e também temos crianças com menos de 10 anos de idade que vêm ao show com seus pais! O que eu acho que é muito legal, não temos apenas uma faixa etária vindo aos nossos shows. O que eu notei nas turnês esse ano é que há muitas crianças mais novas agora no público do que costumava haver. O que eu acho que é algo bom, ao menos significa que muitos jovens de hoje gostam de metal.
Pessoalmente, quais têm sido as suas músicas favoritas para tocar do álbum novo?
Bom, pela resposta do público, Shovel Knockout é quando geralmente o público enlouquece, e também Roundtrip To Hell And Back; essas duas faixas vêm na sequência e é um bom contraste porque ela tem um bom mais lento, mas mesmo assim é pesada.
Considerando todo o processo de escrever e gravar este álbum, você diria que foi provavelmente o mais difícil ou mais divertido, qual a sensação agora quando você lembra?
Foi ambos. Definitivamente foi duro porque tivemos menos tempo no estúdio do que constumávamos ter. Tomamos um pouco mais de tempo na composição das músicas e trabalhamos com um produtor desta vez, o que foi novo para nós. Ele era um bom cara, Matt Hyde, ele se assegurou que as engrenagens estivessem se movendo e passava o chicote, sempre havia algo acontecendo e as pessoas não ficavam vagabundeando nem nada do tipo. Foi meio puxado, mas eu gostei bastante de trabalhar tão duro. Normalmente passamos em torno de 6 semanas no estúdio só pra gravar geralmente tudo, exceto os vocais. Gravar, para nós, apesar de levarmos isso muito a sério, também tem sido uma grande festa para nós. Na verdade estou realmente orgulhoso deste álbum porque foi praticamente gravado em três semanas e está mais bem executado do que qualquer coisa que tenhamos feito até hoje.
Algumas bandas começam a trabalhar em músicas para um novo álbum praticamente assim que o atual está terminado. Vocês são uma dessas bandas ou vocês só escrevem quando chega a hora de começar a pensar em um novo álbum?
Definitivamente não somos uma dessas bandas! Quando um álbum está pronto, nós apenas nos concentramos em fazer turnês. Como você disse, conheço muita gente que consegue escrever em turnê, mas comigo não funciona. Simplesmente o ambiente de turnê, é tão errado para composição, ao menos pra mim. Então nós só nos concentramos na turnê, e quando acaba todo o foco vai para a composição, é assim que funciona pra nós.
Children Of Bodom existe há mais de 15 anos, como a cena metal mudou na Finlândia nesse tempo, é muito diferente do que era quando vocês começaram?
Definitivamente está diferente, ao menos o que eu tenho conseguido acompanhar da cena metal daqui parece que agora é todo o tipo de Folk metal com as pessoas fantasiadas usando peles de urso e coisas do tipo. Isso realmente parece ser a última tendência agora e existem algumas bandas decentes que tocam isso e que eu consigo ouvir. Quando começamos era diferente, havia ou bandas bem underground de extreme death metal ou bandas mais no estilo Helloween anos 80, como Stratovarius. E também só o fato de o quão grande o metal se tornou nesses 15 anos. O metal aqui na Finlândia é seriamente considerado mainstream e é meio que como uma faca de dois gumes. É uma coisa boa com álbuns e vendas, mas o que me atraía no metal era toda essa natureza rebelde, como se fosse algo nosso, não uma coisa de “diversão para toda a família”! Mas o que eu posso fazer, não posso reclamar!
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