Faltam poucos dias para o Ensiferum desembarcar no Brasil. A banda que é uma das mais antigas dentro do Folk Metal e é influencia para muitas outras do mesmo gênero, fará sua primeira turnê sulamericana no próximo mês. Os shows no país acontecem em São Paulo (01/06 – Carioca Club) e Rio de Janeiro (02/06 – Teatro Odisséia).
O Ensiferum está promovendo o álbum “Unsung Heroes” (2012) e chega ao Brasil após uma bem-sucedida turnê pelos Estados Unidos ao lado do TYR. A reportagem da The Ultimate Music conversou com o baixista Sami Hinkka, que dentre diversos assuntos, comentou sobre a repercussão do mais recente trabalho da banda, sua atual visão sobre o Folk Metal e a expectativa dos finlandeses em estrear em território verde-amarelo.
por Juliana Lorencini | edição Costábile Salzano Jr.
Falando um pouco sobre o seu último álbum “Unsung Heroes”. Como foi o processo de composição e gravação? E quais foram suas principais influencias para esse trabalho?
Sami Hinkka: O processo de composição foi longo e devagar, como é normalmente para nós. Já a gravação foi nem rápida, porque tínhamos todos os arranjos prontos quando entremos em estúdio. Para nós, escrever música é apenas algo que acontece, nós não seguimos para nenhuma direção intencionalmente, e foi desta forma que surgiu “Unsung Heroes”. Já estamos trabalhando no nosso próximo álbum e esse será um passo a frente para o Ensiferum.
O novo álbum foi produzido por Hiili Hiilesmaa. Como foi trabalhar com ele novamente e quais contribuições você acredita que ele tenha trazido para o resultado final?
Sami Hinkka: Ele já havia mixado nosso álbum anterior “From Afar” e nós queríamos fazer um novo trabalho com ele do começo ao fim, e isso funcionou perfeitamente. Ele estava cheio de pequenas idéias, mas nunca nos pressionou e nos deixou tomar todas as decisões. Hiili é realmente profissional, calmo, inspirador e uma pessoa engraçada para se trabalhar junto.
Sinto que “Unsung Heroes” é um pouco mais melódico do que “From Afar” (2009). Quais as principais diferenças entre “Unsung Heroes” e os álbuns anteriores? Como você acha que essas mudanças aconteceram?
Sami Hinkka: Acredito que a principal diferença entre esses dois álbuns está na quantidade de músicas, passagens progressivas e o som em geral. Queríamos voltar às raízes, um som com baterias orgânicas e guitarras cruas e distorcidas. Claro que o material sonoro é totalmente diferente comparado ao álbum anterior também, mas isso é algo que apenas acontece. Não sentamos em uma sala de ensaio e pensamos “Hmm, vamos fazer este ou aquele tipo de música...”, apenas escrevemos coisas que nos soam bem. Desta vez, aconteceu desse jeito.
Recentemente, vocês deixaram sua antiga gravadora Spinefarm Records para se juntar ao cast da Metal Blade Records. Quando vocês decidiram que essa mudança era necessária e quais suas expectativas em relação à nova gravadora?
Sami Hinkka: Tivemos muitos anos bons com a Spinefarm, mas agora é natural mudarmos de gravadora. Estamos muito ansiosos para trabalhar com a Metal Blade, porque eles tem uma ótima reputação e várias conexões ao redor do mundo.
Sempre que uma banda lança um novo álbum, isso significa que novas músicas serão adicionadas ao setlist e outras removidas, mudanças que nem sempre agradam aos fãs. Como o Ensiferum prepara seu setlist a cada turnê?
Sami Hinkka: Sempre verificamos o que tocamos nas turnês anteriores e mudamos o setlist, então isso será também interessante para os fãs mais hardcore da banda que tem nos visto muitas vezes ao vivo. Nós também sempre queremos tocar músicas de cada álbum.
Antes de tocar no Brasil, vocês estavam excursionando pelos Estados Unidos com o TYR. Essa foi a segunda vez que vocês tocaram com eles na Paganfest Tour. Como foram os shows por lá? Qual tem sido o feedback por parte dos fãs a respeito de “Unsung Heroes”?
Sami Hinkka: O Paganfest foi realmente ótimo e é sempre um prazer excursionar com o TYR, eles são nossos velhos amigos e um grupo de pessoas muito gentis. A resposta dos fãs a “Unsung Heroes” tem sido esmagadoramente positiva e temos ganhado milhares de novos fãs ao redor do mundo por causa disso.Muito obrigada a todos vocês pelo suporte!
Considerando que essa é a primeira vez que vocês tocarão no Brasil, existe um cuidado especial ao preparar o setlist? Esse será o mesmo dos outros shows da turnê ou vocês estão pensando em fazer algo especial?
Sami Hinkka: Vamos ver, será difícil escolher quais músicas tocar, mas como eu disse, tocaremos músicas de todos os álbuns e temos esperado muitos anos para ir ao Brasil, então essa será uma noite selvagem!
Ouvi dizer que vocês tocam um cover do ABBA em alguns dos seus shows e a desculpa para fazer isso é estar muito bêbado. Vocês pensaram em fazer algo similar por aqui, considerando que vocês estão prestes a provar nossa famosa caipirinha?
Sami Hinkka: Você nunca sabe o que pode surgir na cabeça de finlandeses bêbados (risos). Então vamos ver, depende de quão forte serão as caipirinhas que você nos servirão antes e durante o show.
O Folk Metal tem alcançado grande destaque na mídia internacional nos últimos anos, mais bandas têm aparecido e ganhando cada vez mais espaço dentro da cena internacional. Como você vê o Folk Metal nos dias de hoje?
Sami Hinkka: Do nosso ponto de vista, ele tem ficado maior a cada dia, mas somente os mais fortes sobreviverão. Nós somos uma das bandas mais antigas nesse gênero e continuaremos fazendo esse tipo de música não importa o que aconteça.
Algumas novas bandas estão aparecendo e você tem sido uma espécie de inspiração para elas. Como vocês se sentem a respeito disso?
Sami Hinkka: Estranhos e humildes.
A Finlândia é um país mundialmente conhecido pela quantidade de bandas que vem de lá, em especial, as de metal. Para você, enquanto músico é possível viver apenas de música ou mesmo com essa abertura cultural, trabalhar apenas com música ainda não é viável para músicos Finlandeses?
Sami Hinkka: A Finlândia é realmente um país caro, então existem muitos músicos que podem viver apenas de música. Nós estamos nessa situação privilegiada, de sermos músicos em período integral, mas eu posso te dizer que não é tão fácil e é bem divertido quando as pessoas pensam que nós dirigimos Ferraris e vivemos em casas que custam milhões de euros. Eles não poderiam estar mais errados. Então, se alguns de vocês jovens músicos estão pensando em entrar no mundo da música para ficarem ricos, eu digo para vocês esqueçam isso! (risos)
Muito obrigada pela entrevista e eu gostaria que você deixasse um recado para os fãs brasileiros do Ensiferum contando um pouco do que eles podem esperar para os shows no Brasil.
Sami Hinkka: Para vocês que irão aos nossos shows, eu espero que vocês tenham camas confortáveis, porque você terão suas bundas chutadas tão forte que não poderão sentar por uma semana! Vejo vocês em breve!
Serviço São Paulo
Dark Dimensions orgulhosamente apresenta Ensiferum
Data: 01/06/2013
Local: Carioca Club
End: Rua Cardeal Arcoverde, 2899, Pinheiros
Horário: Portas – 17h30 / Ensiferum 19h30
Pontos de venda: Carioca Club e Galeria do Rock (Hellion, Profecias)
Venda Online: www.ingressosparashows.com.br
Pista: R$ 70,00 (estudante) | R$ 140,00 (inteira)
Camarote: R$ 100,00 (estudante) | R$ 200.00 (inteira)
Infos: (11) 3813.8598
Imprensa: (13) 9161.6267 – press@theultimatemusic.com
Classificação etária: 16 anos
Cartaz: http://bit.ly/11SHtX3
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