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quarta-feira, 26 de março de 2014

10º Heavy Fest (Conselheiro Lafaiete, MG, 16/03/2014)



Em sua 10ª edição, o Heavy Fest em Conselheiro Lafaiete (MG), como sempre, levou os bangers ao êxtase, com muitos moshs, delírios e insânias. O evento, que aconteceu no dia 23 de março, na Confraria Fábrica Bar, reuniu quatro ilustres bandas para marcar mais um festival memorável.

Texto: Brenda Neri
Fotos: Anderson Sabazinho e Mayra Castellões




A banda Immortal Opus é formada por Victor Aburachid (guitarra), Guilherme Hübner (guitarra), Alessandra Nunes (vocal), Samuel Vieira (baixo), e Izabella Dias (bateria). Oriundos de Belo Horizonte (MG), abriram o evento em grande estilo, apresentando seu setlist autoral, com influências de Power Metal, Progressive e Melodic Death Metal de primeira qualidade.



Logo em seguida, a exímia horda Necrópole subiu ao palco, e se apresentou com total fidelidade aos requisitos que marcam sua estrada de glória. Oriunda de João Monlevade (MG), a banda ofereceu seu trabalho autoral com perfeição, em suas faixas marcadas por riffs pesados, executando seu estilo Death Metal de forma impecável.




A banda Mistrust, proveniente do Rio de Janeiro, também marcou presença no festival, executando seu estilo Heavy Metal tradicional, com influências nas renomadas bandas da mesma vertente (Iron Maiden, Savatage e Deep Purple). Deram arranjos mais pesados às suas novas composições, mas não abandonaram as linhas melódicas que são sua marca registrada. Além de tudo, os bangers foram privilegiados recebendo um super EP da banda como brinde.

Por fim, a banda Steelwing fechou com chave de ouro esta noite insana. Composta por Riley Erickson (vocal), Alex Vega (guitarra), Robby Rockbag (guitarra), Nic Savage (baixo), e Oskar Åstedt (bateria), a banda é uma das grandes revelações do Heavy Metal europeu, e apresentou suas faixas autorais com influências em outras grandes bandas, como Judas Priest, Accept e Diamond Head. Além de sua magnífica performance,eles tiveram uma interação alucinante com o público. Sem dúvidas, a passagem da banda no festival foi lendária.



"O show em Conselheiro Lafaiete na noite passada foi uma loucura: sangue, destruição, mosh e saltar do palco ... em um domingo? Obrigado a todos vocês!" - STEELWING

Grandes créditos à Sabazim Produções, que sempre enaltece a força e honra ao underground e, mais uma vez, ofereceu um casting espetacular. E que venham outros!

Confira a galeria completa de fotos acessando o seguinte link:

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.526786280775305.1073741827.226440710809865&type=3


sexta-feira, 21 de março de 2014

Sonata Arctica (Music Hall, Belo Horizonte, 16/03/2014)



“Finalmente estamos aqui!”: essas foram as palavras do vocalista Tony Kakko assim que o Sonata Arctica colocou os pés no palco do Music Hall, em Belo Horizonte. Após anos de espera e ansiedade, os fãs mineiros tiveram a oportunidade de prestigiar uma das bandas mais aclamadas do cenário Power Metal mundial. Em seus quase vinte anos de história, o grupo finlandês, agora formado por Tony Kakko (vocal), Elias Viljanen (guitarra), Henrik Klingenberg (teclado), Pasi Kauppinen (baixo) e Tommy Portimo (bateria), ofereceu aos mineiros uma apresentação mágica e mais do que merecida, contando com os maiores clássicos de sua carreira.

Texto: Gisela Cardoso
Fotos: Iana Domingos


A casa já estava enchendo quando a Thunderwrath – eleita pelo público em votação para ser a atração de abertura - subiu ao palco para aquecer a galera. Composta por Hector Clark (vocal), Karson Gutemberg (bateria), Silas Rodrigues (guitarra) e Renato Arantes (baixo), a banda animou o público com o seu virtuoso e autoral Power Metal e versões para os clássicos do Metal. Tratando-se de composições bem construídas, o grupo desempenhou o peso do Power Metal com suas melodias marcantes, em especial o guitarrista Silas Rodrigues com seus solos de tirar o fôlego, e os vocais poderosos de Hector Clark, que foi muito admirado pela plateia.



A banda também empolgou a galera com sua versão para um dos maiores clássicos do gênero: a "Eagle Fly Free", do Helloween. Ainda com os covers, a Thunderwrath também levou todos ao delírio já nos riffs iniciais para a “Paranoid”, do Black Sabbath, que em seguida foi acompanha pela também lendária “Heaven And Hell”. Por fim, mesmo com seu curto repertório, a apresentação da Thunderwrath foi digna de admiração, honrando a sua função como atração de abertura.

Com a ansiedade já em alta, assim que os roadies subiram ao palco para fazer os últimos ajustes, parecia que levaria a eternidade para que o tão esperado momento chegasse. Mas, de repente, as luzes se apagaram e uma voz anunciava o início do espetáculo. Em seguida, com um som de introdução ao fundo, o baterista Tommy Portimo foi o primeiro a assumir a sua posição, já causando gritos desesperados da plateia. E, assim, não demorou para que um por um dos integrantes surgissem das sombras, estando preparados para realizar um dos mais esperados shows em Minas Gerais.

Após a breve introdução, “The Wolves Die Young”, do novo álbum “Pariah’s Child”, abriu o show de maneira contagiante, com sua energia alegre e vibrante, lembrando a sonoridade do grupo em seus primeiros anos de formação. Apesar da maioria das pessoas ainda não estar familiarizada à nova composição, o público reagiu muito bem, conseguindo até acompanhar a letra. O Sonata Arctica seguiu com a “Losing My Insanity”, de seu álbum anterior, que já possui uma pegada mais progressiva.

Conforme o prometido, o Sonata Arctica, então, deu início ao setlist composto por clássicos de seus primeiros álbuns, passando pelo “Ecliptica” (1999), “Silence” (2001), “Winterheart’s Guild” (2003), “Reckoning Night” (2004), “Unia” (2007) e “The Days of Grays” (2009). O público cantava e batia palmas ao mesmo tempo em que os finlandeses lhe arrancavam suspiros com a magia nostálgica de seu Power Metal, principalmente em “My Land” e “Black Sheep”. E já nos primeiros segundos da empolgante “Flag in the Ground”, foi impossível ficar parado com sua animação, causando até mesmo moshs pelo local – o que nem é tão convencional ao estilo.

Já de início, é possível destacar a atuação do tecladista Henrik Klingenberg. Como marca registrada no Sonata Arctica, além de seu desempenho no teclado tradicional, ele também usa outro, como se estivesse imitando uma guitarra, travando duelos de solos com o guitarrista Elias Viljanen, agitando os fãs em todo momento. Elias também se destaca com sua incrível precisão nos riffs e solos, além do baterista Tommy Portimo com suas fortes batidas e tambores duplos, oferecendo um peso e empolgação bem equilibrados à galera.  Em meio à uma pausa, Tony Kakko apresentou ao público o novo baixista Pasi Kauppinen, o qual substitui Marko Paasikoski, que deixou o grupo no ano passado. Em sua primeira turnê brasileira com o Sonata, o “gigante” no baixo demonstrou uma incrível presença de palco, sempre interagindo com a plateia.


O vocalista Tony Kakko sempre é alvo de atenções especiais em suas apresentações. No entanto, desta vez, o finlandês assustou o público durante os momentos pré-show, com a notícia de que ele não estava passando bem. Porém, para a alegria de todos,o frontman se recuperou de sua indisposição, realizando, em seguida, o seu admirável trabalho. Sempre esbanjando simpatia, é realmente incrível observar o seu carisma enquanto desempenha a sua atuação com uma potência vocal fora do comum. Suas brincadeiras e a forte comunicação com os fãs também são seus pontos altos, repassando a sua energia para todos.

É um pouco difícil descrever um espetáculo à risca quando tudo consegue ser tão perfeito. O setlist, principalmente, não é uma exceção disso. A suave “Tallulah” emocionou o público desde as suas primeiras notas no teclado, que foi seguida por outro grande ícone do grupo, “Fullmoon” – esta que sempre dispensa comentários. Tratando-se de um dos hinos da banda, o público definitivamente enlouqueceu, pulando e cantando o mais alto possível. Dando uma sequência mais suave, a “White Pearl, Black Ocean...” também prendeu a atenção com a sua atmosfera que emociona a qualquer um, sendo uma faixa longa, mas com boas alternâncias em seu ritmo. Em seguida, os moshs voltaram a tomar conta do espaço quando tocaram a “Kingdom for a Heart” - já que é impossível ficar parado ao presenciar uma obra ser tão bem executada. Além disso, “Replica”, “Paid in Full” eVictoria’s Secret” foram outros auges da apresentação, com o público sempre respondendo de imediato.

De repente, as luzes se apagam e os músicos se retiram do palco, mas o show ainda não acabou. Não demorou muito para que os finlandeses ressurgissem da escuridão, executando, em seguida, a “Cinderblox” e “The Cage”. Para fechar com a mesma empolgação que abrira o espetáculo, o Sonata tocou a “Don’t Say A Word” – que por sinal teve um caloroso retorno do público – e encerrando com uma dançante e animada música folk. Por último, mas não o menos importante, o Sonata Arctica se despediu, deixando o recado que marcará presença novamente em Belo Horizonte no próximo ano.

Mesclando todos os álbuns do Sonata, o longo repertório trouxe músicas que certamente agradaram a todos: tanto os mais velhos quanto os novos fãs, que atuaram como coro do início ao fim da apresentação. No entanto, houve quem sentisse falta de outras lendárias canções, como “Letter To Dana” e “San Sebastian”. Mas, com o saldo que tiveram desta grande produção, tais faltas são facilmente perdoadas. Definitivamente, valeu à pena esperar.



Confira a galeria completa de fotos acessando aqui

Setlist:

Intro
The Wolves Die Young
Losing My Insanity
My Land
Black Sheep
Sing in Silence
Flag in the Ground
Tallulah
FullMoon
White Pearl, Black Oceans...
Kingdom for a Heart
Wolf & Raven
In the Dark
Replica
Paid in Full
Victoria's Secret
Last Drop Falls
I Have a Right

Encore:

Cinderblox
The Cage
Don't Say a Word
Outro

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

13/12/2010: Avantasia em São Paulo


Dia chuvoso e frio na cidade de São Paulo. Apesar do clima pouco agradável, do grande trânsito e dos pontos de alagamento, milhares de pessoas se deslocaram ao Centro de Tradições Nordestinas (CTN) na Zona Norte de São Paulo, para assistir o Avantasia em uma apresentação única no Brasil. E no final, apesar de todos os pesares e dos problemas, não poderiam sair mais que satisfeitos pelo que foi apresentado no palco. O show estava marcado para as 20 horas, e todos que conhecem um pouco a capital econômica do Brasil devem saber que não é muito inteligente sair de casa neste horário do dia, especialmente em um dia de chuva onde os noticiários davam conta de dúzias de pontos de alagamento. Mesmo assim um público grande dirigiu-se ao CTN. Durante as horas anteriores ao show um amontoado de pessoas estavam do lado de fora, em meio a chuva e o vento, para trocar os ingressos que haviam adquirido na internet pela Ticket Brasil. As bilheterias não deram conta e a organização se mostrou extremamente despreparada.

A banda subiu ao palco com 40 minutos de atraso com a música “Twisted Mind”. Apesar do local não ser muito bom e das pessoas que se localizavam na pista terem dificuldade para visualizar o palco, o público se animou e cantou junto com o vocalista Tobias Sammet o refrão da música de abertura do álbum “The Scarecrow”. A qualidade do som, pelo menos, fez jus ao nível do artista, e se podia claramente ouvir todos os detalhes e nuances das músicas durante boa parte do show. “The Scarecrow” o público recebeu uma das primeiras surpresas da noite, com uma bela apresentação do vocalista Jorn Lande, que mostrou entrosamento com Sammet, animando o público.
A iluminação e os efeitos especiais acompanharam a ótima qualidade do som. Em “Promised Land”, Tobias fez mais um dueto com Jorn, animando todos os presentes que pularam cantaram junto o refrão com os dois vocalistas. Os dois conversam com o público, que grita pelo vocalista Michael Kiske, recebendo resposta negativa de Sammet. A música seguinte “Serpents in Paradise” do “Metal Opera” animou ainda mais o público, que gritou na intro, cantou junto o refrão e bateu palmas no solo, quase em conjunto com o guitarrista.

A música seguinte teve a participação de Bob Catley, que esteve pela primeira vez no Brasil e falou com entusiasmo sobre esta oportunidade única de tocar para o público sul-americano. Em “Reach Out For The Light” o público foi correspondido com a entrada do tão esperado Michael Kiske. Com seu estilo vocal inconfundível, Kiske colocou o público para cima enchendo de chifres e headbangs toda a platéia.
A longa “The Tower” veio em seguida, também muito bem tocada, apesar de não possuir a parte falada na música, que trazia um ar de mistério a sua composição. “Death is Just A Feeling” veio logo depois, mantendo o clima mais sombrio do show. Os vocais de Jon Oliva foram feitos por Kai Hansen, que trajado com uma cartola conseguiu passar o estilo sombrio da música para o palco. Tobias então apresentou Hansen, fazendo uma breve homenagem para ele como o grande criador do Heavy Metal Germânico, arrancando palmas do público.
“In Quest For” trouxe um momento bastante emocionante em uma dupla de Sammet e Catley. O palco vazio e a fumaça ajudaram a dar este ar juntamente com o público, que ouviu a música e cantou baixinho junto com os vocalistas. Após a performance de “Runaway Train”, Tobias ainda achou tempo para provocar o público falando dos argentinos e de seu próximo show em Buenos Aires, animando ainda mais o público na música “Dying For An Angel”, onde Michael Kiske cantou as partes de Klaus Meine do Scorpions.

As músicas seguintes tiveram as participações vocais dos colegas de banda de Sammet. Em “Stargazers” o destaque ficou para Oliver Hartmann que cantou primorosamente, enquanto em “Farewell” Amanda Somerville cantou os trechos de Sharon. O ânimo do público refletiu em Sammet, que disse que os argentinos teriam dificuldade em manter o nível do público brasileiro nesta apresentação.

A última música antes da saída do palco foi “The Wicked Symphony”, que contou com as participações de Lande e Kiske em um trio com Sammet. O público cantou junto e bateu palmas no comando dos vocalistas. Destaque novamente para o ótimo solo de guitarra, bastante preciso.
A banda voltou poucos minutos depois para o bis com Kai Hansen, que desta vez substituiu Alice Cooper na ótima “The Toy Master”. Em mais uma ótima apresentação, Hansen realmente incorporou o lado sombrio da música, arrancando palmas e gritos do público pelo seu nome. Sammet elogia mais uma vez a platéia por ter vindo ao show, apesar de todas as dificuldades de locomoção graças à chuva. Disse ainda que estavam bastante atrasados, mas que tocaria o show inteiro, mostrando o compromisso dele com o público.

A música seguinte, “Shelter From The Rain” teve a reunião esperada da noite, com Michael Kiske nos vocais e Hansen na guitarra, como nos bons e velhos tempos do Helloween. Os dois mostraram-se bastante a vontade, tocando lado a lado, e em diversos momentos Kiske se aproximou de Hansen para ouvir seus solos. Sammet então pediu para novamente o público gritar o nome da banda, dando a deixa para tocar “Avantasia”, em outra super performance inesquecível.
A música que fechou o show foi “Sign of the Cross” com o refrão de “The Seven Angels”, mas que só foi tocada depois de Sammet apresentar cada um dos integrantes da banda, arrancando palmas do público. O palco ficou pequeno para tantas estrelas do Heavy Metal mundial, em um final de arrancar o queixo para um dos shows que, apesar de todos os contratempos e problemas, foi um dos mais fantásticos do ano.
Avantasia é:
Tobias Sammet – Vocal
Amanda Somerville – Vocal feminino
Sascha Paeth – Guitarra
Oliver Hartmann – Guitarra e Backing Vocals
Robert Hunecke – Baixo
Miro Rodenberg – Teclado
Felix Bohnke – Bateria
Convidados:
Bob Catley (Magnum) – Vocal
Kai Hansen (Gamma Ray, ex-Helloween) – Vocal e Guitarra
Michael Kiske (Unisonic, Place Vendome, Kiske-Somervile, ex-Helloween) – Vocal
Jorn Lande (Masterplan, Jorn, Allen-Lande) – Vocal

Setlist:
1- Twisted Mind
2- The Scarecrow (ft. Jorn Lande)
3- Promised Land (ft. Jorn Lande)
4- Serpents in Paradise (ft. Jorn Lande)
5- The Story Ain’t Over (ft. Bob Catley)
6- Prelude
7- Reach Out For The Light (ft. Michael Kiske)
8- The Tower (ft. Michael Kiske)
9- Death is Just a Feeling (ft. Kai Hansen)
10- Lost In Space
11- In Quest For (ft. Bob Catley)
12- Runaway Train (ft. Jorn Lande, Michael Kiske e Bob Catley)
13- Dying For An Angel (ft. Michael Kiske)
14- Stargazers (ft. Jorn Lande e Michael Kiske)
15- Farewell
16- The Wicked Symphony (ft. Jorn Lande e Michael Kiske)
Bis:
17- The Toy Master (ft. Kai Hansen)
18- Shelter From The Rain (ft. Michael Kiske e Kai Hansen)
19- Avantasia (ft. Michael Kiske e Kai Hansen)
20- Sign Of The Cross/The Seven Angels (ft. Jorn Lande, Michael Kiske, Bob Catley e Kai Hansen)

Fonte: Whiplash.net