Álbum: Phantom Antichrist
Banda: Kreator
Produção: Nuclear Blast Records
Onze anos se passaram após o lançamento do ''Violent Revolution'' (2001), o qual finalmente marcou o retorno do Kreator às suas raízes oitentistas do Thrash Metal alemão. Apesar de suas instabilidades passadas, agora, em 2012, com o ''Phantom Antichrist'', o Kreator conseguiu provar mais uma vez que o bom e velho Thrash germânico não será esquecido assim tão fácil.
''Phantom Antichrist'' começa com a faixa instrumental ''Mars Mantra'', que nada mais é uma introdução para a agressiva faixa-título. Na segunda, considerada como uma das melhores do disco, é notável a presença de elementos do Heavy Metal, mas também a boa agressividade do Thrash do Kreator não foi deixada de lado.
A faixa seguinte, ''Death To The World'', também considerada uma das mais ''insanas'' do álbum, é mais rápida e pesada. No entanto, em meio à música, a ''insanidade'' dá espaço à melodia. Guitarras dobradas e mais velocidade são características marcantes do single.
A melodia marcou uma notável presença. E o seu bom entrosamento com a velocidade e peso faz lembrar as bandas do norte escandinavo, e até mesmo um pouco de seus irmãos do Thrash norte-americano. ''From Flood Into Fire'' e ''United In Hate'', são boas ilustrações. Ambas possuem bons riffs, começam suavemente (no caso a ''United In Hate'' que começa com um violão acústico), mas em seguida, a violência do Thrash abre caminho.
"Civilisation Collapse" chama a atenção em seu início devido à uma rítmica de Ventor.Mas logo em seguida, após alguns versos, compete com a ''Phantom Antichrist'' no fator velocidade.
Em seguida, a ''The Few, The Proud, The Broken'' aparenta ser pesada, porém, elementos do tradicional Heavy Metal também estão presentes, como o uso de riffs ''mais delicados'' e o uso de um vocal ''mais limpo''. Já ''Your Heaven, My Hell'' mostra ainda mais as suas influências do Heavy Metal, utilizando elementos acústicos e progressivos.
A ''Victory Will Come'' tenta quebrar um pouco o clima melódico do Metal clássico, até então presente no disco, retomando aos clássico elementos do Thrash Metal. No entanto, para fechar o tracklist, "Until Our Paths Cross Again" retorna às características do Heavy Metal, deixando o Thrash um pouco de lado, em comparação às demais faixas da mesma linhagem.
Sem dúvidas, as 10 faixas que compõem o ''Phantom Antichrist'' foram bem trabalhadas. A ideologia por trás das notas também não pode passar despercebida. A maioria de suas letras trata-se de temas e acontecimentos recentes, como por exemplo, a faixa-título que faz analogia à morte do terrorista Osama Bin Laden. Em outras palavras, o velho protesto político e social nas composições ainda mantêm firme as suas raízes.
O novo trabalho do Kreator conseguiu mesclar de maneira equilibrada elementos do Heavy Metal e do Thrash Metal alemão e norte-americano. Certamente agradou uma grande público, devido ao seu investimento em diferentes aspectos. Alguns fãs ''mais Old School'' podem até o discordar, em comparação ao sucesso de ''Violent Revolution'' (2001). Mas não podem negar que este foi mais um notável trabalho, em que o Kreator mais uma vez firmou o seu gênero: simplesmente o Thrash Metal do Kreator.
Tracklist:
01.Mars Mantra
02. Phantom Antichrist
03. Death To The World
04.Froom Flood Into Fire
05.Civilisation Collapse
06.United In Hate
07. The Few,The Proud, The Broken
08.Your Heaven, My Hell
09.Victory Will Come
10.Until Our Paths Cross Again
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