terça-feira, 17 de abril de 2012

Anthrax: confira entrevista concedida ao G1

O guitarrista do Anthrax, Rob Coggiano, falou ao G1 sobre os problemas durante gravações de novo álbum.'Worship Music' é o primeiro disco com o vocalista original desde 1990.

"Worship Music", décimo trabalho de estúdio do Anthrax, que saiu no fim de 2011, já é considerado pelos fãs e pela crítica como um dos melhores discos da carreira dos metaleiros de Nova York. Mas o que, de certa forma, hoje pode ser considerado quase como um renascimento da banda, por pouco não foi sua cova.

"Confesso que em determinado momento pensamos até em abandonar tudo e acabar com o Anthrax", disse o guitarrista Rob Caggiano em entrevista ao G1.

(No sábado, 14, o G1 deu início a uma série de nove entrevistas com artistas que vão se apresentar na primeira edição do festival Metal Open Air, que acontece em São Luís, no Maranhão, entre os dias 20 e 22 de abril.)

A salvação veio com o retorno de Joey Belladonna, vocalista da formação original, que voltou para gravar seu primeiro álbum com o Anthrax desde "Persistence of time", de 1990. As dificuldades serviram como combustível para a criatividade presente nas canções - não por acaso, o disco agradou tanto aos apreciadores do gênero. "O Anthrax está mais forte do que nunca, especialmente por conta da volta do Joey Belladonna", diz.

G1 – O Anthrax está de volta ao Brasil. Quais são as expectativas para tocar aqui novamente?
Rob Caggiano – São as melhores possíveis, como sempre. Acho que o Brasil e a América Latina são alguns dos melhores lugares para se tocar na face da Terra, e mal podemos esperar para voltar e nos apresentarmos no país que tem os fãs mais empolgados do mundo, sem dúvidas.

G1 – Quais memórias você tem do país?
Rob Caggiano –
Bem, uma coisa que me lembro é que, muitos anos atrás, quando fomos tocar aí, tivemos que viajar de ônibus entre São Paulo e Rio de Janeiro. E foi uma trajetória realmente incrível, deu pra ver toda a paisagem durante a viagem, as pessoas, o clima... deu pra sentir bem como é o Brasil, de uma forma diferente, pois costumamos sempre viajar de avião.

G1 – Vocês vão tocar em um festival de metal. Qual é a diferença entre se apresentar em um evento com bandas do gênero e em festivais com grupos de estilos variados?
Rob Caggiano –
Na verdade, não faz a menor diferença pra gente. Sempre tocamos do mesmo jeito, não importa se é um festival de metal ou um festival com outros tipos de banda. A energia do Anthrax é sempre igual, independentemente disso.

G1 – Como será o setlist do show?
Rob Caggiano –
O que vamos tocar? Bem, essa é uma pergunta interessante, pois temos mudado muito o repertório a cada noite. Temos apresentado coisas do disco novo, claro, mas nunca nos esquecemos dos clássicos. Vamos tocar nossas principais músicas, mas também algumas do "Worship music".

G1 – O Anthrax já mudou diversas vezes de formação. Você acredita que a atual esteja entre as melhores?
Rob Caggiano –
Certamente! O Anthrax está mais forte do que nunca, especialmente por conta da volta do [vocalista original] Joey Belladonna. Sua energia vocal é surpreendente, ele traz características únicas para o som, que os fãs reconhecem e gostam.



G1 – Muitos consideram “Worship music” um dos melhores discos do Anthrax. O que pode dizer a respeito desse trabalho? Como foram as vibrações durante as gravações?
Rob Caggiano –
Tivemos muitos problemas com a gravação desse disco, devo dizer. Foram momentos muito conturbados e demorou muito pra que ele fosse gravado e saísse do forno. Confesso que em determinado momento pensamos até em abandonar tudo e acabar com o Anthrax. Mas aí as coisas foram mudando, o Joey [Belladonna] decidiu voltar e tudo se encaixou. Quando vimos, tínhamos um material poderoso em mãos.

G1 – Acredita que o álbum tenha ficado bom justamente por conta desses problemas?
Rob Caggiano –
Sem dúvidas. Acho que esse tipo de desafio ajuda no fim das contas. Nós superamos todos os problemas que quase levaram o grupo ao fim e, de fato, o álbum ficou muito bom e verdadeiro.

G1- O vocalista Joey Belladonna está de volta. Como foi seu retorno ao grupo?
Rob Caggiano –
Foi a melhor coisa poderia ter acontecido com a gente. Ele é fantástico, mas sua volta não foi tão simples quanto parece. Quando começamos a trabalhar em estúdio, ele nos visitava de vez em quando e, com o tempo, foi ganhando confiança para poder cantar, já que tinha dúvidas quanto a isso. Um dia, então, ele nos disse que gostaria de fazer as vozes do disco e, quando menos vimos, ele estava de volta. Mas foi um passo de cada vez.

G1 – O Anthrax tem mais de 30 anos de carreira. Quais são os próximos passos para o grupo?
Rob Caggiano –
Primeiro vamos nos focar em divulgar esse disco, excursionar e apresentar as músicas de "Worship music". Depois disso? Não sei. Talvez dominar o mundo (risos)?

Fonte: G1

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