Nós sempre colocamos toda a energia e esforço quando escrevemos e gravamos. Sempre fizemos o que sentimos, pensamos em algumas novas idéias e fazemos novas músicas enquanto nós viajávamos pelo mundo. Eu não sei se você entendeu por percepção, mas parece que o contrário -, finalmente, as pessoas estão ouvindo Sepultura como o que é, sem a comparação infinita com o passado.
Você sente que a banda nunca mais foi capaz de recuperar o mesmo nível de popularidade que já teve com "Arise", "Chaos AD" e "Roots"?
Não sei. Não foram somente as mudanças dentro da banda, mas também as mudanças em nossa sociedade: a tecnologia, computadores, downloads... há muitas mudanças, mas é difícil dizer. Perdemos muito quando Max [Cavalera] deixou a banda. Perdemos não só o cantor, mas perdemos o gerente e toda a estrutura que o Sepultura tinha trabalhado por 10 anos para construir, nós tivemos que começar do zero. Foi um caminho longo e difícil, mas muito positivo e uma experiência de aprendizagem. Nós nos tornamos mais fortes e enfrentamos todos os problemas para manter a banda viva, e aqui estamos nós. Para mim este é um conto de muito sucesso. É bom estar aqui agora.
Como é que você manteve a banda mesmo sem os irmãos Cavalera? Muitos fãs parecem pensar que o nome Sepultura deveria ter sido aposentado.
Eu respeito o que "muitos fãs" têm a dizer: Você tem direito a expressar suas opiniões. Claro, eu não concordo com todos eles, mas eu respeito todos eles, cada um de vocês tem um SEPULTURA em suas cabeças. É muito difícil definir um fã do Sepultura - eles são muito diferentes de todo o mundo. [Mas] o espírito do Sepultura ainda é o mesmo. Estamos aqui falando de um álbum novo e a turnê do Sepultura, ainda olhamos para novas idéias, novos grupos, para ter como parceiros, vamos em todos os lugares, nós tocamos em todos os lugares, nós ainda trazemos novos temas para os nossos álbuns. Falamos sobre temas profundos, como sobre nós mesmos. Max e Igor saíram da banda, era a sua escolha, não minha.
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