Aos 20 anos de carreira, os mineiros do Necrobiotic lançaram, no ano passado, o álbum "Death Metal Machine". Com seu Death Metal autêntico e fiel às origens, agora com letras também em português, o Necrobiotic, mais uma vez, honra o nome de todo o Metal extremo nacional. Divulgando o novo álbum, a banda tem presença confirmada na 14ª edição do Rising Metal Fest, que acontece em 14 de março, em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais.
Em entrevista ao Wildchild, o frontman F.A.C.O. fala sobre o gênesis da Necrobiotic, o seu último disco, e as expectativas em retornar à Lafaiete. A entrevista na íntegra pode ser conferida abaixo:
Wildchild: No ano passado, a Necrobiotic completou 20 anos de carreira. E, desde então, a banda vem se destacando em nosso cenário mineiro e nacional. Você poderia nos contar como foi o começo da Necrobiotic, e qual foi a sua proposta inicial?
F.A.C.O.: O Necrobiotic foi fundado por dois grandes amigos meus, e eu mesmo participei logo no início da banda. A intenção sempre foi fazer música pesada, por satisfação pessoal, prazer. Queríamos nos expressar, dar nossa contribuição à cena na qual participávamos. Musicalmente e liricamente sempre tivemos uma ligação muito grande com o Splatter, mas nunca deixamos nossas outras influências de fora, creio que essa tenha sido a proposta inicial, e é o que confere ao Necrobiotic a sua identidade.
Wildchild: Quais foram (e ainda são) as principais influências da Necrobiotic?
F.A.C.O.: Certamente no início de tudo foi o Carcass, o Pungent Stench, Entombed & Dismember, Napalm Death, o Death Metal de Minas Gerais (Death mesmo, não os discos que soavam Thrash), escutávamos bastante Doom Metal também, em especial Amorphis & My Dying Bride, e podia se ouvir isso até mesmo na Demo Tape aqui e ali..... Estas ainda são grandes influências para a gente. Claro que com o tempo outras influências foram adicionadas a esta receita, mas continuamos gostando muito disso tudo.
Wildchild: Também, em 2014, vocês lançaram o álbum "Death Metal Machine". Como foi a sua concepção?
F.A.C.O.: As músicas que estão no 'Death Metal Machine' foram compostas durante um período muito longo. A maioria dos riffs surgiu entre 2001 e 2008 - período em que a banda esteve inativa inclusive. Temos algumas exceções, caso de "O Caminho e o Retorno", que foi composta em 1996 e terminada em 2013, com nossa atual formação, e algumas que são músicas compostas recentemente, caso de "Death Metal Machine", "Pyroclasmic Rebirth" e "Manobra P.I.T".
O álbum foi gravado entre novembro de 2013 e junho de 2014, com a produção do Fabrício Franco, nosso baixista. A masterização e mixagem ocorreram em junho e julho de 2014. Posso te dizer que foi um processo extenuante..., mas no fim deu tudo certo e gostamos do resultado final. O disco soa próximo do que gostaríamos, com uma produção que remete muito às produções do início dos anos 90, que é a época à qual pertencemos.
Wildchild: E, em sua visão, como tem sido a recepção por parte do público e a mídia especializada pelo álbum?
F.A.C.O.: Em geral a recepção tem sido muito boa. Pessoas que adquiriram o álbum entram em contato para elogiar, temos tidos boas resenhas, e o disco está vendendo muito bem também. Recentemente até nos deram uma menção honrosa no TOP 10 de 2014, e isso incluindo discos lançado no mundo todo! Mas o principal é a resposta do público nos shows que fizemos até agora, as músicas funcionam muito bem ao vivo, e o show pega fogo!
Wildchild: Desta vez, vocês também optaram em compor algumas músicas em português. De onde veio a ideia de combinar o som Death Metal com as letras dotadas de seu idioma de origem?
F.A.C.O.: Em primeiro lugar foi um desafio fazer um bom Death Metal em português. Eu tive que sair da minha zona de conforto para escrever essas letras, criar as rítmicas, as acentuações vocais....Além do desafio, nós gostaríamos de deixar algumas músicas mais inteligíveis para parte do nosso público, para que eles realmente entendessem do que se trata o Necrobiotic. A "Primata" é o melhor exemplo disso.
Wildchild: A Necrobiotic se apresentará na 14ª edição do Rising Metal Fest, em Conselheiro Lafaiete, em março. Quais são as suas expectativas para esse show? Vocês já tiveram contato com a cena local e/ou com a da região?
F.A.C.O.: Lafaiete tem um dos melhores festivais de música pesada em Minas Gerais. Nós já nos apresentamos no Rising Metal Fest em 2012, durante os shows de divulgação do "Alive and Rotting" e foi simplemente do caralho! Boa estrutura, público contagiante, muita diversão e bebedeira....foi uma experiência e tanto!
Nossa expectativa é a melhor possível, reencontrar esse público que nos proporcionou um dos melhores shows que já fizemos vai ser do caralho! E dessa vez queremos ir mais fundo, nosso novo material é mais orgânico e permite uma experiência ainda mais profunda.
Wildchild: Quais materiais da banda estarão disponíveis à venda no Rising Metal Fest?
F.A.C.O.: Estamos em plena divulgação do nosso novo álbum, então teremos o CD "Death Metal Machine", bem como as camisetas referentes a esse lançamento. Tudo com excelentes preços!
Wildchild: Muita obrigado pela entrevista! Por favor, agora o espaço é seu!
F.A.C.O.: Obrigado pelo espaço que você nos cedeu, Gisela!
Para nós do Necrobiotic é uma grande honra participar de mais um evento produzido pelo Anderson (Sabazinho), que é um camarada que luta pela cena, que faz acontecer o underground de Minas Gerais. Estamos ansiosos para estar em Lafaiete mais uma vez, rever os amigos que deixamos aí e colocar fogo no palco!
Agradecimentos: Anderson Sabazinho (Sabazim Produções)
Evento: Rising Metal Fest
Data: 14/03/2014 (sábado)
Horário: 19 horas
Bandas:
HATEFULMURDER - Thrash/Death Metal
RIZZI - Gothic Metal
NECROBIOTIC - Death Metal
GREY WOLF - Heavy Metal
NOISE MORE BLEED - Thrash/Groove Metal
Ingresso antecipado: 25 reais
Postos de Venda: Bar Do Banha(Lafaiete) e 3G Underground Store(Congonhas)
Ingresso na portaria do evento: 30 reais
SORTEIOS DE CAMISAS,CDs,DVDs e LPs
INFORMAÇÕES: (31) 8883-3052
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